O dólar comercial registrou sua 12ª queda consecutiva e encerrou o pregão na última terça-feira (4) cotado a R$ 5,771, uma redução de 0,76%. Essa é a primeira vez desde novembro que a moeda norte-americana cai abaixo de R$ 5,80. 56206i
O recuo ocorreu em um dia de forte volatilidade no mercado financeiro, marcado pela divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Dólar acompanha cenário externo
No início do dia, o dólar operava próximo da estabilidade, refletindo a tensão gerada pela resposta da China ao aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos. No entanto, a cotação ou a cair no final da manhã, após a divulgação de dados mais fracos da economia norte-americana.
O relatório sobre o mercado de trabalho nos EUA apontou uma redução de 556 mil vagas em janeiro, o que elevou as expectativas de cortes mais agressivos na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed).
Com juros mais baixos em economias desenvolvidas, investidores tendem a migrar para mercados emergentes em busca de retornos mais atrativos, favorecendo a desvalorização do dólar em relação ao real.
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Ibovespa tem dia de queda
Enquanto o dólar recuava, a bolsa de valores brasileira teve um desempenho negativo. O índice Ibovespa caiu 0,65%, encerrando o dia aos 125.147 pontos.
O movimento foi puxado por empresas exportadoras, que tendem a perder competitividade com a desvalorização da moeda americana. Em contrapartida, ações do setor financeiro tiveram alta e ajudaram a conter um recuo ainda maior.
A divulgação da ata do Copom gerou incertezas entre os investidores. O documento reforçou preocupações com a inflação, principalmente no setor de alimentos, e levantou dúvidas sobre os próximos os do Banco Central em relação à taxa Selic.
A possibilidade de um aperto monetário mais severo pode reduzir o apetite pelo mercado de ações, favorecendo investimentos de renda fixa.
Mesmo com a queda no Ibovespa, o mercado segue atento às movimentações do Fed e do Banco Central brasileiro, que devem influenciar os próximos os dos investidores nas próximas semanas.
